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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Promoção

A Prudence está celebrando 21 anos e para comemorar lançou a linha Prudence Vintage, que traz vários produtos com embalagem retrô. Gostou? E que tal ganhar um kit exclusivo com todos esses itens? É fácil, basta curtir e compartilhar a página da Norma no Facebook e se inscrever no link da promoção. O resultado sai dia 04 de dezembro. 


Nos próximos posts, mais informações sobre cada produto do kit!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Um aterrorizante filme... pornô?


Há um tempo vi Louis Theroux e a Indústria Pornô, um documentário que mostra como a indústria de produções adultas tem sobrevivido com a internet - e as infinitas possibilidades que a rede oferece, como o vasto acervo disponível e os filmes amadores, por exemplo. Já não vemos mais nas locadoras - as poucas que ainda existem - aquela seção escondida em que as crianças eram proibidas de entrar e quase ninguém está disposto a comprar pornôs.

Uma das saídas são os longas destinados a casais, que tem mais história e que são esteticamente mais bonitos. Outra aposta são as superproduções, como as paródias dos longas hollywoodianos (já falei sobre isso aqui). Alguns filmes são criativos, mas outros, sinceramente, beiram o ridículo e me parecem dinheiro jogado fora. Como essa que fala o post de hoje.


Inspirado em um sucesso do terror da década de 80 - Evil Head, a morte do demônio - a paródia pornô também traz mortos-vivos (ou mortas, no caso) e pessoas sujas de sangue. A questão é: é para ficar excitado ou para rir?


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Blogueira do Mês - Lasciva


Nesse segundo semestre o blog está cheio de projetos novos (se tudo der certo, até o final do ano estará com layout novo e novas colunas). Uma delas estreia hoje, a “Blogueira do mês”.

Fiquei um pouco incomodada com todo esse frenesi em torno do 50 Tons de Cinza e a discussão de que o livro teria dado mais liberdade – principalmente para as mulheres - discutirem o sexo. Discordo, pois muito antes do Best Seller, já havia muitas outras publicações – bem mais ousadas, inclusive – que falavam de sexo e eram voltados para o público feminino. Recentemente ganhei de presente o Delta Venus, da Anaïs Nin e fiquei surpresa como uma escritora da década de 50 já falava sobre sexo com tanta liberdade e ousadia. 

Vale citar também as produções pornôs que são voltadas às mulheres (já falei disso aqui), alguns programas televisivos (como o extinto PontoPe na MTV e atualmente o Amor e Sexo na Globo, para citar alguns), movimentos como a Marcha das Vadias e a vasta produção de conteúdo nas redes sociais. Do meu ponto de vista, o 50 Tons de Cinza apenas deu publicidade a esse movimento que já vinha acontecendo.

Foi pensando nisso que criei a nova coluna que irá trazer, todo mês, uma entrevista com o que eu chamo de “blogueiras sexuais”. Pode parecer fácil escrever sobre sexo, mas talvez seja aí que a maioria erre: é preciso sair do óbvio, trazer temas de qualidade e textos bem escritos. Afinal, aquela velha história de “Dicas de como fazer seu homem gozar 69 vezes” já cansou né? E, além disso, é preciso coragem para expor suas opiniões sem medo de ser julgada. É por isso que, para esta edição, escolhi uma blogueira que combina todas estas características: Lasciva


Jornalista com especialização em relações públicas, Lasciva tem 28 anos e mora em São Paulo. Na cidade da vida noturna e da efervescência cultural, ela gosta de ir a exposições de arte, a shows de música e não abre mão da companhia dos amigos. Diz que já foi mais baladeira, mas a falta de tempo e dinheiro a tiraram das casas noturnas. No fim deste ano, ela irá se mudar para o Rio de Janeiro, onde poderá ter mais contato com a natureza e atividades ao ar livre – outros de seus hobbies. Lasciva também adora ler – diz que lê o tempo todo, principalmente literatura e revistas. Seu blog é um sucesso e com cerca de 5.500 visitas por dia, mais de 160 mil por mês.

Norma: Há quanto tempo você possui seu blog?
Lasciva: Inaugurei meu blog há um ano e sete meses. Não considero que escreva para mulheres, afinal cerca de 45% do meu público é masculino. Claro tenho um ponto de vista o feminino e acabo produzindo muito conteúdo voltado para garotas como eu - sobre estilo e relacionamentos, principalmente. Mas minha proposta é produzir conteúdo sensual e muitas das minhas dicas e referências são destinadas aos homens, também.

N: Como surgiu essa sua vontade de escrever sobre sexo?
L: É uma vontade antiga. Quando ainda era estudante, há cerca de oito anos, surgiu a onda dos blogs e comecei a me questionar que conteúdo eu poderia produzir. A ideia de escrever sobre sexo surgiu naturalmente, pois é o assunto sobre o qual mais falo. Até por isso mesmo fui chamada para manter uma coluna numa revista que alguns amigos estavam desenvolvendo. Foi quando criei o codinome Lasciva, escrevi minhas primeiras crônicas e até umas respostas a perguntas que eles mesmo formulavam. Já publiquei um pouco dessa história no blog. A revista nunca foi editada, mas a ideia de continuar a tal coluna em alguma página na internet ficou na minha cabeça. Demorou todos esses anos para amadurecer o projeto, dispor de tempo para investir, arregaçar as mangas e mandar ver. De qualquer forma, o blog começou como um experimento - de registrar histórias que considerava importantes para mim. Tornar públicos tais relatos me permitiu observar a reação das pessoas a respeito.

N: Como o blog começou?
L: Foi numa época em que fiquei desempregada, tinha acabado de concluir a pós-graduação - ou seja, tive tempo livre - e ainda estava namorando um rapaz que gostou do projeto e me deu o maior apoio. Então fiquei alguns meses registrando com o gravador as histórias que contava aos meus amigos - havia uma penca delas. Aí criamos um domínio, montamos um layout bem amador e comecei a escrever. Com minhas investidas em divulgação, surgiram emails de pessoas compartilhando as vidas delas comigo. Então, passei a escrever também dicas para o público. Com isso, percebi a necessidade de produzir conteúdo mais especializado, pesquisar sobre o assunto. Fui chamada para redigir artigos para outros blogs e os resultados foram me impulsionando a desenvolver e ampliar meu conteúdo.


"Sou uma garota que vivenciou algumas formas de amor livre 
e está sempre rodeada de pessoas que não 
seguem os padrões tradicionais de relacionamentos. 
Sou um corpo de experimentos, capaz de me permitir de tudo 
para pôr à prova meus desejos e convicções. 
Vou além de um site de contos eróticos, 
pois encarnei minha própria personagem."

N: Alguns blogs trazem uma abordagem mais utilitarista, outros um viés mais feminista, outros de discussão. Que abordagens você usa em seu blog?
L: Busco produzir e divulgar conteúdos sobre erotismo, sexualidade e relacionamentos. Quero inspirar as pessoas, intrigá-las, fazê-las refletir. Não gosto de estipular regras do que se pode ou não fazer durante o sexo, mas esse tipo de tema - que chamo de autoajuda sexual - tem uma demanda enorme. Diria que boa parte do que escrevo é um conteúdo egocêntrico e autorreferente, mas de alguma forma vejo que as pessoas se enxergam ali (ou em mim). Seria, portanto, uma abordagem reflexiva e introspectiva, com uma boa dose de mindblowing.

N: Como você escolhe os assuntos que irá tratar?
L: É orgânico. Estou sempre com o moleskine à mão. Se tenho alguma ideia, falo sobre algum assunto novo, já tomo nota e começo a desenvolver. Algumas das minhas histórias surgem de conversas com amigos. Geralmente são situações singulares que gostaria de registrar, tanto fatos marcantes do meu passado, como experiências atuais que fazem diferença na minha vida. Muitas das pautas vêm de perguntas que recebo do público, por email. Escrevo sobre diversos assuntos, coisas que me interessam - mas nem tudo de fato interessa ao público. Fiz uma pesquisa sobre conteúdo antes de lançar um novo layout e me guio por muitas das sugestões que recebi.

N: O que você acha que seu blog traz de novo?
L: A novidade é que sou uma garota que vivenciou algumas formas de amor livre e está sempre rodeada de pessoas que não seguem os padrões tradicionais de relacionamentos. Sou um corpo de experimentos. Capaz de me permitir de tudo para pôr à prova meus desejos e convicções. Vou além de um site de contos eróticos, pois encarnei minha própria personagem. E tudo o que escrevo é mesmo real.

N: O que você jamais faria no seu blog?
L: Não gosto de produzir pornografia, a não ser para consumo próprio. Eu não publicaria um filme pornô explícito em que eu fosse a protagonista, ou fotos minhas fazendo sexo. Já é comum ser estigmatizada por publicar conteúdo erótico, por isso tento fugir de material pornográfico - apesar de consumir e gostar muito. Mas é importante me distinguir, pois trato de comportamento, sexualidade - de forma ampla. Quero fazer as pessoas pensarem. Também gosto de instigar os outros e provocar tesão, mas como consequência de inspirar ideias e vontades.



"As pessoas do meu cotidiano são, 
em geral, mente aberta. Inclusive na minha família. 
Grande parte daqueles com quem convivo 
gostam do blog e me apoiam.
Sou mais alvo de preconceito na internet que fora dela. 
Muito mais."

N: Hoje temos muitas blogueiras que escrevem sobre sexo. Como você avalia essa produção? Tem preferidas?
L: Acompanho menos blogs do que eu gostaria. Por falta de tempo, mesmo. Acho que as mulheres escrevem melhor sobre sexo, porque os homens são muito toscos. Recentemente, conheci o blog Para Pensar em Sexo, da Francesinha, que gostei muito. Também curto demais os textos da Bel, com quem tenho mais contato na internet. A SweetieBird tinha um blog na Época, chamado Sexo na Cidade - uma pena que acabou. O blog Sexpedia, também da Época, escrito pela jornalista Nathalia Ziemkiewicz, tem muita coisa quente sobre o assunto, adoro.

N: Qual sua opinião sobre o fenômeno 50 tons de cinza? Por que você acha que esse livro realmente faz tanto sucesso?
L: Estou estupefata. É o livro que mais vendeu na história. Como consumo muito conteúdo erótico, para mim ele não trouxe grandes novidades. Acho que o maior atrativo do livro é que ele é quase um conto de fadas, só que factível. Então além do erotismo, ele cria uma fantasia à qual as mulheres podem se permitir e onde podem se ver.

N: Você é uma pessoa completamente aberta que não tem vergonha de se mostrar. Desde o começo do seu blog, sempre foi assim? Essa opção alguma vez atrapalhou você – seja em relacionamentos, seja profissionalmente?
L: Durante mais de um ano eu escondi meu rosto, justamente com receio de ter problemas profissionais e porque, de alguma forma, existem aspectos da minha vida pessoal que ainda quero preservar. Mas era muito ruim ficar nas sombras, sentia-me ainda mais marginalizada. Agora que tenho uma cara, diversas outras oportunidades se abriram para mim - como a proposta de gravar meu programa de vídeo. No meu último emprego, meus chefes imediatos sabiam do blog e aceitavam numa boa. De qualquer forma, é complicado, principalmente porque sempre trabalhei no meio político - onde tudo pode virar escândalo. Sobre relacionamentos, o blog afeta diretamente minhas relações afetivas, pois os caras com quem me envolvo sabem que provavelmente serão transformados em personagens em minhas histórias. A princípio, acho que eles lidam bem com isso, só que não estou dentro da cabeça deles, eu não sei - pessoas mudam de ideia muito fácil. Já tive problemas com amigos que diziam gostar do projeto, mas em algum momento se sentiram incomodados com algo que fiz ou escrevi. Até meus familiares sabem e guardam sentimentos dúbios a respeito. Complexo. A questão é que nunca achei que eu passaria o resto da minha vida narrando minhas experiências sexuais, porém enquanto fizer isso vai ser difícil de lidar com a reação das pessoas. Sei disso.



"Quero fazer as pessoas pensarem. 
Também gosto de instigar os outros 
e provocar tesão, 
[mas como consequência de inspirar 
ideias e vontades."

N: Infelizmente mulheres bem resolvidas sexualmente ainda sofrem muito preconceito. Como é seu relacionamento com as pessoas no geral? Você sofre muito preconceito? As pessoas estranham quando você diz que tem um blog sobre sexo?
L: As pessoas do meu cotidiano são, em geral, mente aberta. Inclusive na minha família. Grande parte daqueles com quem convivo gostam do blog e me apoiam. Sou mais alvo de preconceito na internet que fora dela. Muito mais.

N: E com os leitores, como é sua relação? Você tem algum caso que tenha te marcado mais?
L: Tenho um carinho enorme pelo meu público, por todas as pessoas que me escrevem, que me dão apoio. Os elogios e até as críticas que recebo são a força motriz do meu projeto. Sem essas pessoas, nada teria sido possível. Raramente topo encontrar alguém que conheço na internet, mas cheguei a conhecer algumas garotas que me leem. Uma vez, um garoto me pediu um autógrafo o Youpix - achei o máximo.

N: Quais são seus planos futuros, com relação ao blog e outras produções?
L: Preciso concluir minhas histórias e vou lançar meu programa de vídeo. Queria muito ter alguma verba para investir no blog e poder contar com colaboradores. Queria que ele tivesse mais conteúdo.

N: Alguma outra coisa que você ache interessante falar?
L: Quem vê não imagina a ralação que é manter esse blog. E nunca consigo me dedicar tanto a ele como eu gostaria. Em todo esse tempo que o mantive, é como se eu tivesse apenas investido - o retorno financeiro foi praticamente nulo. É muito difícil vender anúncio em um site que trate de conteúdo sexual. Mas, de qualquer forma, enxergo tudo isso como um grande aprendizado. Quando vejo o tanto que evoluí nesse período, tenho certeza de que valeu todo o meu esforço.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Adeus, Emmanuelle


Emmanuelle (1974)
Morreu hoje, aos 60 anos, Sylvia Kristel, intérprete do clássico erótico Emmanuelle e não podia deixar de fazer um post prestando minhas homenagens à atriz. A personagem do filme, lançado em 1974, com certeza viveu no imaginário de muitos adolescentes que, com os hormônios a flor da pele e sem a facilidade da internet, buscavam filmes mais “apimentados”. E eu me incluo nessa.



Já contei aqui a história do meu primeiro filme pornô, mas antes dessa experiência “marcante” (para dizer o mínimo), me lembro do esforço para ficar acordada até meia noite para assistir ao Cine Privé. A tevê ficava com o mínimo de volume e o controle remoto sempre à mão, caso minha mãe viesse verificar o que motivava sua filha a dormir tão tarde.
Adeus, Emmanuelle (1977)
O longa francês "Emmanuelle" foi inspirado no romance de Marayat Bibidh Andriane e rompeu o tabu do sexo no cinema, marcando uma geração que buscava a libertação sexual. Nas salas escuras, o filme já foi visto por 50 milhões de espectadores e estima-se que, ao todo, mais de 350 milhões de pessoas de todo o mundo tenham se divertido com as peripécias de Emmanuelle.

Emmanuelle, a Anti-Virgem (1975)
Sei que meus leitores não são de comentar no blog, mas queria fazer um convite: que todos aqueles que já viram um filme, deixassem um comentário – pode ser anônimo – falando sobre a cena de Emmanuelle que mais se lembram.


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Gozando de um bom livro

Há algumas semanas fiz um post sobre o Hysterical Literature, um projeto do fotógrafo Clayton Cubit que traz mulheres lendo seus contos eróticos favoritos enquanto são estimuladas por um vibrador. No meu post trouxe o primeiro vídeo da série, que já conta com outros três: Alicia (meio longo, mas é bom); Danielle (gostei bastante); e Stormy:



Hysterical Literature: Session Four: Stormy


Inspirado nesse projeto surgiu, aqui no Brasil, o Gozando de Um Bom Livro, idealizado por Alicia, Adriano (@blogpapaichegou) e o @onifodente. Os vídeos tem a assinatura da SF13 Produções, e conta com a assistente de produção Elaine e a direção de Pedro Diniz. Entrevistei a Alicia sobre o Gozando de um Bom Livro, confiram!

N: Como surgiu a ideia de criar o projeto? Desde quando ele acontece?
A: A ideia surgiu conversando com o @onifodente no gtalk. Mostrei para ele o vídeo da Stoya - pois isso era a cara dele - e ele gritou que nós tínhamos que fazer uma versão brasileira. A partir daí chamei o Adriano do @blogpapaichegou, que já era meu parceiro comercial de outros projetos e podia nos ajudar. Começamos em agosto.

N: Qual a proposta central de vocês ao trazer esse projeto para o Brasil?
A: Queríamos desmitificar o orgasmo feminino padrão, pois cada mulher tem seu momento íntimo de uma forma. O orgasmo é algo democrático: rica, pobre, negra, caucasiana, asiática, todas têm o orgasmo como sua manifestação mais íntima, por isso o consideramos uma forma de arte, uma forma de expressão. Queríamos mostrar não só diferenças extremas - como entre as brasileiras e as americanas, entre as atrizes pornôs e as mulheres comuns -, mas as singularidades de cada mulheres. Cada uma goza de um jeito, é como uma impressão digital.



N: Quais são as semelhanças do Gozando Um Bom Livro com o Hysterical Literature?
A: Basicamente segue o formato original: uma mulher lendo um livro enquanto é estimulada sexualmente. O conceito base como cenário, luz, figurino, esse minimalismo também foi inspirado na obra original.

N: O que vocês procuraram acrescentar de novo, de diferente?
A: Acrescentamos um novo conceito, a começar pela própria literatura escolhida, que tem total ausência de cunho sexual. A própria modelo faz a escolha do livro que irá ler sob a nossa orientação, desde que seja sobre um assunto que ela não tenha nenhum estímulo, que ela deteste, que seja completamente desestimulante. Também adotamos mulheres comuns: toda e qualquer mulher pode participar como leitora, pois queríamos retratar mulheres reais, que você pode encontrar no ponto de ônibus ou na fila do pão.

N: Como é feita a escolha das pessoas que farão a leitura?
A: Justamente por querer retratar as mulheres que encontramos em nosso cotidiano, não há muita escolha. Queremos todos os estereótipos: loiras, morenas, pequenas, altas, gordas, fanhas, gagas... Quanto maior for este leque, mais rica fica experiência.

N: O que vocês procuram nessas mulheres?
A: Coragem... Esse é o maior processo de seleção para nós. Não importam o quanto digam que o Brasil é um país sexualmente desenvolvido e que abusa da sensualidade. Ainda vivemos em um país hipócrita, em que uma moça pode dizer que foi na balada "fritar", mas não pode dizer que foi em um sexyshop. No início achamos que o maior problema seria superar a vergonha que as meninas teriam, mas encontramos um obstáculo maior, tendo que lidar com o medo de repressão profissionais, de familiares, namorado, etc. Buscamos meninas que tenham coragem, não de gozar frente a câmera, mas de assumir seu desejo sexual. Mulher brasileira não se permitiu ainda ter desejos e leva o mundo apenas como "fantasias sexuais", entende a diferença?

N: Até agora foram feitos apenas dois vídeos (Elaine e Lasciva)?
A: Oficialmente foram dois vídeos, mas gravamos também o vídeo um piloto em celular - com baixíssima qualidade técnica, mas que bateu mais de 100 mil views. Esse sucesso serviu para irmos atrás de produtoras de vídeos dispostas a colaborar conosco e assim que encontramos a SF13 Produções sentimos que nossa busca havia terminado. Nossas ideias se encaixaram super bem com o diretor Pedro Diniz - que já é bastante ligado a internet e o mundo da sexualidade. Sendo assim o piloto perdeu o seu propósito e o retiramos do ar. 

N: Vocês já tem quem serão as próximas?
A: Sim... já temos as próximas gravações agendadas, mas iremos manter segredo...





"Não importam o quanto digam que o Brasil é um país sexualmente desenvolvido e que abusa da sensualidade. Ainda vivemos em um país hipócrita, em que uma moça pode dizer que foi na balada "fritar", mas não pode dizer que foi em um sexyshop."



N: A pessoa que faz a leitura também é responsável por trazer seu brinquedinho ou vocês fornecem?
A: Nós temos um conjunto de vibradores e cosméticos, mas aconselhamos que caso a pessoa tenha, traga os dela (por uma questão de conforto, intimidade e até de higiene).

N: Como tem sido a repercussão do projeto?
A: Tem sido fantástica. O primeiro vídeo está na casa dos 70 mil views e o segundo com cerca de 30 mil views. Saímos em vários blogs famosos, em mídias consideradas mais tradicionais e até matérias em portais estrangeiros.

N: Como vocês avaliam o que foi feito até agora?
A: Ainda há um longo caminho a percorrer. Estamos acertando o projeto de formas a encontrar um equilíbrio entre o que nós queremos, o que os fãs querem e o que nos é permitido fazer.

N: Quais são os planos futuros para o gozando de um bom livro? Pretendem fazer alguma mudança? Vocês tem previsão de quantos vídeos pretendem fazer?
 A: Cada vídeo terá algo diferente, algo único. Estamos estudando uma forma de fazer uma versão masculinas também, além de expandir o universo de "garota/livro"


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Os infiéis

É engraçado como alguns assuntos insistem em aparecer de vez em quando, até parecem crianças tentando chamar a minha atenção. Há umas semanas, assisti o Les Infidèles (Os Infiéis) e como o próprio nome já diz, é um filme que fala sobre traição, mais especificamente, a masculina. Dias depois topei com um apaixonado (acho que ele ainda não se deu conta disso) que se culpava por ter dado uns pegas mais calientes em uma menina e ficando sério com outra. Isso sem contar outros casos de traição que surgiram no meio do caminho. Nessa altura, já tinha certeza que devia fazer um post sobre o tema, discutindo um pouco sobre o conceito de traição.



Por mais óbvio que possa parecer, as pessoas tem conceitos muito distintos do que é considerado traição. O mais comum é aquele que considera o ato consumado, ou seja, quando uma das partes se envolve fisicamente com uma terceira pessoa, sem o consentimento e conhecimento de seu companheiro. Mas já vi questionamentos do tipo, “Pensar em outra é traição?”, “Se masturbar com revistas masculinas, é traição?”, "Se foi algo meramemente físico, sem sentimento, é traição?". Do pensamento mais neurótico e possessivo ao mais liberal, existem diversas formas de pensar sobre isso.

Mas a conversa mais interessante veio em outra ocasião, quando trocava ideia com um amigo. Ele me lembra aquele menino do quadro do Castelo Rá-tim-bum, sempre buscando o porquê das coisas. E nesse dia ele questionava o motivo pelo qual pessoas comprometidas não podiam se envolver com outras.  É importante perceber que a pergunta dele não foi "Por que pessoas comprometidas não podem trair" e foi essa sutileza que me fez ficar pensando.

O dicionário traz vários significados para o verbo trair: "Ser infiel no amor", "Enganar", "Não corresponder a", entre outros. A pergunta do meu amigo não usou a palavra traição porque, do ponto de vista dele, o envolvimento com outra pessoa, mesmo estando comprometido, não necessariamente resultaria no que diz o pai dos burros.

Por que monogamia?
Diversos estudos já apontaram que a natureza do ser humano não é biologicamente programada para ser monogamica (o termo é muito usado para designar uniões como o casamento, mas aqui uso também pro namoro e outros relacionamentos mais sérios). O desejo por terceiros sempre irá existir - e isso para ambas as partes, homems e mulheres, de forma igual.

Um post muito interessante da Marina Terin, no Papo de Homem, traz várias reflexões de como a monogamia está ligada a aspectos econômicos. Resumindo bastante o pensamento dos autores apresentados, o relacionamento monogamico reduziria a procriação desenfreada e a quantidade de filhos nos mundo. Com menos crianças, os pais poderiam lhes fornecer mais recursos, aumentando a probabilidade de sucesso de sua estirpe, além de não gerar bastardos e concentrar a riqueza nas mãos de uma mesma família.

Estreitamente alinhada a questão econômica, a monogamia também foi adotada como um instrumento que garantia os direitos de propriedade e o controle da sexualidade feminina (se pensarmos até hoje é "aceitável" que um homem seja infiél, afinal faz parte de sua sua natureza). De acordo com estudo de Engels (citado por Natalia Pietra Méndez, no artigo "Monogamia e Heterossexualidade: Um breve apanhado histórico sob a ótica de gênero"), o patriaca tinha como função determinar a organização e a continuidade da propriedade privada na mesma linhagem. A forma encontrada foi a certeza da paternidade - ou seja, garantindo que a mulher não tenha relações com vários homens.

Teorias a parte
Várias outros autores e correntes de pensamento poderiam explicar e mostrar as origens da monogamia como uma construção cultural e histórica que favoreceu relações ecônomicas, políticas e de gênero. Mas e quanto aos sentimentos? O amor, os ciúmes, o medo de perder aquele de quem gostamos? Sentir isso tambem é legítimo - afinal, não é também essa capacidade que diferencia o homem dos outros animais?

É difícil chegar a uma conclusão - mesmo depois de pensar bastante na questão e de fazer um dos posts mais longos da história desse blog. Mas pra mim é claro que fidelidade e amor não são sinônimos de falta de desejo por outras pessoas e por outras experiências. Também acho que uma pessoa não deve "impedir" a outra de fazer aquilo que quer, de reprimir suas vontades. Levar isso na prática, no entanto, é outra história.

Mas, se o mais importante em um relacionamento é ser feliz e fazer o outro feliz. Se isso acontece, que mais importa?




quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Dia Mundial do Preservativo Feminino

Hoje, dia 12 de setembro, será celebrado o primeiro Dia Mundial do Preservativo Feminino. O evento tem como objetivo divulgar informações sobre o método contraceptivo e aumentar o número de pessoas que sabem, usam e apoiam a utilização da camisinha para mulheres. O que você sabe sobre o preservativo feminino?

Embora ainda pouquíssimo conhecido, o preservativo feminino foi inventado na década de 80, mas só em 1993 começaram a ser vendidos em escala comercial. Infelizmente, eles ainda são mais caros que as camisinhas masculinas, além de serem pouco divulgados nos meios de comunicação (nas campanhas contra a AIDS, por exemplo, só vemos os preservativos tradicionais), o que contribui bastante para que o método seja pouco usado. 

Manual de instruções
A camisinha feminina é formada por dois anéis de tamanhos diferentes, localizados em cada uma das pontas do preservativo. Ela é um pouco maior que a masculino (aproximadamente 17 cm de comprimento por 8 cm de diâmetro). 




Vantangens
O preservativo para mulheres pode ser colocado por até oito horas antes da relação sexual e pode ser usado mesmo no período menstrual. Pelo fato de cobrir a vulva, essa camisinha oferece maior proteção contra DSTs, como o HPV (causador de câncer de colo do útero). Esse vírus é transmitido pelo contato com a lesão – tais como verrugas genitais e outros ferimentos nem tão aparentes. O problema é que essas feridas nem sempre estão localizada no pênis, único lugar que camisinha masculina protege.

Ao contrário dos preservativos convencionais, feitos de látex – material que causa irritação à muitos homens – a camisinha feminina é feita de poliuretano, substância com menor possibilidade de causar alergias.

A camisinha feminina possui espessura é mais fina e não aperta o pênis, conferindo mais sensibilidade durante a penetração e garantindo sensação maior contato físico com máxima proteção. Apesar de mais fina, esse preservativo bastante resistente e já vem lubrificado. 

Somando-se a essas vantagens, um bônus: o anel externo da camisinha feminina estimula o clitóris, proporcionado ainda mais prazer para a mulher. 

Comemorando o dia
A DKT do Brasil – empresa dona das marcas Prudence e Prudence L’amour – irá lançar uma ação online especial para as mulheres. A ideia é apresentar os diversos benefícios da camisinha feminina.

A promoção irá acontecer na página da DKT no Facebook e as vinte primeiras pessoas que comentarem o post, citando as vantagens do preservativo para mulheres, receberão um kit exclusivo Prudence L’amour. A divulgação da ação também será feita na página da marca Prudence.

Políticas globais e realidade brasileira
Para quem gosta mais de teoria, um estudo bem bacana “Preservativo Feminino – das políticas globais à realidade brasileira” - . A publicação aborda o processo de consolidação do preservativo feminino em cenários global e local, além de tratar do contexto atual do método contraceptivo, desde sua produção até os resultados da revisão sistemática de sua eficácia, efetividade e aceitabilidade. 


terça-feira, 11 de setembro de 2012

Apertem os cintos e... usem camisinha?

A Durex é uma marca de preservativos bem conhecida lá fora. Há algum tempo, inclusive, fiz um post mostrando uma propaganda bem criativa da marca e também contando um mico que paguei por conta do nome enquanto estava na França (afinal, o único durex que eu conhecia era a tal fita adesiva).

No post de hoje outra publicidade muito bem bolada da empresa. Não sei se são atores contratados, mas a reação parece ser bem espontânea!


terça-feira, 4 de setembro de 2012

O grande mural das vaginas

Faz tempo que queria fazer esse post, mas como a agência onde eu trabalho não permite colocar imagens (nem isso, nem acessar redes sociais... pois é.), tive que esperar uma folga nas minhas noites pra escrever. Vale ressaltar que, como (ainda) não entrevistei a fonte da matéria, todas as citações foram retiradas de uma matéria da Folha e estão transcritas na íntegra. 

Inspirado pelo aumento de cirurgias íntimas, o artista plástico inglês Jamie McCartney tirou, durante cinco anos, moldes de gesso de 400 vaginas dos mais diferentes tipos (jovens, velhas, mães, filhas...). O resultado compõe dez painéis que formam o "Grande Mural da Vagina", obra exibida em Londres neste ano. "Quando descobri que era a cirurgia cosmética que mais crescia no meu país, decidi agir. Não quero ser parte de uma sociedade que encoraja as mulheres a cortar sua genitália.", conta McCartney.


O artista, completamente a favor da diversidade, diz que a preocupação das mulheres com relação às suas vaginas é desnecessária. "De onde elas tiram a ideia de que lábios vaginais pequenos e simétricos são melhores? Provavelmente da pornografia.", afirma. O mural, nesse sentido, parece ter ajudado: McCartney revela que recebeu vários e-mails de agradecimento de mulheres que visitaram a exposição. Depois de ver tantas vaginas diferentes, elas passaram a se aceitar como são e outras até desistiram da cirurgia íntima.


O biquíni brasileiro
McCartney também diz que nosso país tem sua parcela de culpa nessa corrida pela vagina perfeita."Sim, o Brasil. Depilar o púbis para acomodar biquínis cada vez menores teve um efeito colateral. As mulheres estão comparando seus corpos como nunca fizeram antes e agora os lábios vaginais entraram no menu dos padrões ridículos."

O artista diz que tem vontade de vir ao Brasil, mas enquanto isso não acontece, você pode conferir o trabalho dele aqui. Nesse link você encontra outras fotos, informações sobre o artista  e a exposição, além de vídeos como esse, que traz uma espécie de making off do processo. Ah, tudo em inglês.


A pergunta que deixo para as meninas: vocês se incomodam com o formato da sua vagina? E vocês meninos, reparam realmente nisso? 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Dia dos solteiros

Provavelmente, para alegrar aqueles que detestam o dia dos namorados (já falei sobre a data aqui), hoje, 15 de agosto, comemora-se o dia dos solteiros. Como vocês sabem, não sou fã de fazer posts dando dicas de como aproveitar as datas, então para marcar o dia aqui no blog, resolvi trazer um projeto bem interessante, dica de um amigo. 

O Hysterical Literature é uma iniciativa do fotógrafo Clayton Cubit e a ideia é filmar pessoas leem trechos de seus contos eróticos favoritos enquanto são estimuladas por um vibrador. No primeiro filme, a convidada é a atriz pornô Goya (aqui ela conta sua história com consolos e também sobre como foi participar do projeto). 




Por não mostrar o que se passa debaixo da mesa, o curta deixa por conta do espectador e de sua imaginação - estimulada pelas expressões e gemidos de Goya -, em criar e fantasiar o que de fato acontece.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A milenar técnica do pompoarismo

Todo mundo já ouviu falar em pompoarismo e como essa técnica traz benefícios sexuais – tanto para as mulheres quanto para os homens. Sempre tive curiosidade de aprofundar meus conhecimentos sobre a famosa ginástica, seus fundamentos, exercícios, como praticar, etc. Enfim, algo que fosse além do que o senso comum sempre discute. A oportunidade veio com um curso muito bacana oferecido pela Sexy Box (já falei sobre eles nesse post). Além de falar sobre o pompoarismo, o workshop trouxe também técnicas de strip tease!

O pompoarismo

Técnica milenar do Oriente, o pompoarismo nasceu na Índia e foi aperfeiçoado na Tailândia e no Japão. Os primeiros exercícios surgiram como uma transformação da prática tântrica que preparava as mulheres para o Maithuna (ritual do sexo sagrado). Em alguns países, a técnica é, inclusive, passada de mãe para filha.

O pompoarismo consiste na movimentação consciente dos anéis circunvaginais – apesar da vagina ter vários anéis, a técnica movimenta apenas três. Com a prática, a mulher consegue mover esses aros juntos ou separadamente, e também aplicar diferentes intensidades ao movimento. 

Para se ter uma ideia, o pompoar possui cerca de 10 tipos de movimentos diferentes que podem ser feitos com a vagina. O virginar, por exemplo, contrai o esfíncter vaginal com tal força que simula a virgindade. Já o massagear fecha os anéis de forma alternada e com variadas intensidade, dando a impressão de que o pênis está realmente sendo massageado. Chuptar, ordenhar, morder, algemar, expulsar, dedilhar, algemar são alguns dos outros movimentos.

Be-wa
Para se tornar pompoarista, a mulher deve se dedicar e realizar diariamente uma série de exercícios (que vão se tornando mais difíceis de acordo com o nível atingido). Existem alguns instrumentos que podem ser utilizados, como pesos, o be-wa, o colar tailândes e o até mesmo o vibrador. A prática, além de fortalecer o músculo vaginal, também faz com que a mulher se conheça mais e, consequentemente esteja mais ciente sobre seus pontos de prazer.
Os pesos variam de 20g a 100g (este último apenas para as experts)

Cordão tailandês
Além dos benefícios sexuais, a ginástica também impede a flacidez do músculo vaginal e evita problemas como incontinência urinária, deslocamento do útero e hemorróidas, por exemplo.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Feliz (ou não) Dia do Orgasmo

Criado por uma sex shop inglesa para aquecer as vendas, o Dia do Orgasmo é comemorado internacionalmente no dia 31 de julho. Mas, ao que parece, as mulheres ainda não têm tantos motivos assim para celebrar.

De acordo com pesquisas realizados pela coordenadora do Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas da USP, Carmita Abdo, cerca de um terço das brasileiras nunca chegou ao clímax – durante a penetração ou mesmo a masturbação. Se comparado a Inglaterra – por coincidência, mesmo país que criou a data comemorativa – o Brasil está muito bem. Na terra da Rainha, 80% das mulheres nunca gozou na vida.

O Terra fez uma matéria divertida com curiosidades sobre o orgasmo, vale conferir. Por aqui, aguardem! Estou finalizando um post bem legal sobre o curso de pompoarismo e strip tease que participei no final de semana.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Sexy Box


Parece que a moda é criar serviços em que por meio de uma assinatura mensal as pessoas recebem em casa determinados produtos. Já escrevi sobre o Santa Calcinha e também já vi um site similar para os amantes da cerveja. A novidade agora é o Sexy Box, um serviço que oferece surpresas eróticas.

Funciona assim: o cliente se cadastra como sócio na loja virtual e escolhe o tipo de assinatura (há pacotes mensais, trimestrais, semestrais e anuais). Uma vez por mês, sua caixa de correio será recheada com um box discreto contendo de seis a quatro produtos inéditos que variam entre géis lubrificantes e comestíveis, óleos para banho e massagem, acessórios, preservativos, velas, entre outros.

Uma das peças do site, por exemplo, é a caneta comestível. Nos sabores chocolate e morango, o artigo pode ser usado para escrever no corpo e para retirar, aquele “banho de gato”. Curtiu? Confere lá o Sexy Box.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Tâmbler traz gifs pornôs bizarros

As produções japoneses são bem inusitadas, digamos assim, tanto no quesito dos produtos quanto no cinema. Que o diga a indústria pornográfica nipônica, que consegue juntar mais bizarrice que todas as outras produções cinematográficas juntas. E olha que filme pornô costuma mostrar coisas bem estranhas.

Acho que foi pensando nisso que criaram o tâmbler Awkward Japanese Gifs. O site reúne diversas imagens pornôs animadas com o que de mais esquisito foi produzido no Japão. Vale demais a pena conferir, risadas e testas franzidas garantidas.

http://awkwardjapaneseporngifs.tumblr.com/

domingo, 15 de julho de 2012

Moteis Gourmet - última parte

O último post da série Moteis Gourmet traz os quatro associados Moteis BH: Chalet, Sunset, Ritz e Sunny. Também por questões de logística e tempo, visitei apenas os dois últimos estabelecimentos para escrever a matéria. Mas como os quatro fazem parte de uma rede e seguem uma padronização das suítes e dos serviços, consegui ter um panorama muito bom dos espaços.

Ritz
O primeiro da lista foi o Ritz, que fica na Av. Barão Homem de Melo. Quem me recebeu – e muitíssimo bem - foi o diretor comercial da rede, Fernando Telles. Na segunda visita conheci o Sunny, que fica na avenida Catalão.


Fizemos um tour por ambos os moteis. Conheci toda a estrutura interna dos estabelecimentos: copa, cozinha, rouparia, local onde são armazenas as roupas de cama sujas, além de várias suítes. Fiquei impressionada com o tamanho do Ritz e do Sunny – achei que fossem bem menores – e também com a qualidade dos quartos. Todos os que visitei estavam impecáveis, super limpos e bem arrumados.

Cozinha do Ritz


As suítes, em grande parte, possuem piso de madeira, pois como me explicou o Fernando, a ideia é deixar o quarto mais aconchegante e não obrigar o cliente a pisar no chão frio ao sair do banho, por exemplo. Algumas também possuem carpete – segundo o diretor comercial, vários clientes gostam desse tipo de tecido. Achei legal que por mais que as suítes sejam padronizadas, há uma variação na decoração e nas cores dos quartos. Gostei bastante da suíte amarela.


Outro ponto que me impressionou bastante foi a preocupação com o cliente e o foco nos detalhes. Os moteis da Rede BH desenvolvem constantemente pesquisas com seus clientes com o objetivo de melhorar os serviços. Quando a rede WIFI foi implantada, por exemplo, foi por meio da sugestão de um freqüentador.

Cena de bastidor: corredor do Ritz
Corredor do Sunny
Outro indício de cuidado são as suítes ao nível do solo, construídas pensando em portadores de necessidades especiais. Nunca havia me tocado para essa questão ou para a dificuldade que as escadas poderiam trazer a essas pessoas, então foi muito legal quando vi que os moteis da Rede BH se preocupavam com isso.
Banheiro adaptado com barras
Suíte ao nível do solo
Também visitei o Sunny e o gerente comercial preparou até uma suíte decorada para que eu pudesse conhecer esse tipo de serviço oferecido pelo motel. Ele contou sobre as surpresas que as pessoas gostam de fazer nos moteis para seus parceiros. 










Ela também me contou sobre outro público do estabelecimento: esposas que usam as suítes para fazer ensaios sensuais para seus maridos. 



Hora da comida
Chef da rede
Na primeira visita experimentei dois pratos do festival: Linguado à Moda Ritz (filé de linguado grelhado, arroz com ervas, servido com alcaparras, champion, salsinha, azeitona preta no molho de mostarda e limão. Prato Individual R$ 30,00) e Medalhão Chalet (medalhão de filé mignon grelhado ao molho madeira com arroz piamontese. Prato Individual R$ 30,00). Segundo o chef da rede, Romulo Alvarenga Junior (no ramo da gastronomia há mais de onze anos e chef a aproximadamente seis), a escolha dos pratos prezou pela simplicidade e pelo sabor, assim como é feito na cozinha italiana. Ele explicou que, mais que criar pratos complexos e que demandassem tempo de preparo, a ideia era oferecer pratos simples aos clientes, mas que fossem bem preparados e bem temperados.  



Junior também destacou que as receitas priorizaram o uso de insumos que os motéis já trabalhassem, reduzindo, assim, o desperdício. Já no Sunny experimentei Penne à moda Sunny (penne servido com isca de frango, tomate seco, azeitona preta, ao molho pesto cremoso. Prato Individual R$ 26,00) e Escalope Sunset (escalope de filé mignon grelhado ao molho de mostarda e catupiry, acompanhado de arroz com ervas. Prato Individual R$ 30,00).




Linguado à Moda Ritz




Custo x Benefício: 10
O prato é super bem servido. Vem três filés, bastante molho e quantidade razoável de arroz. E não é caro (você não come um prato desses por R$30 reais em um restaurante mais chique).


Apresentação: 10
Uma coisa notável em todos os quatro pratos da Rede de Moteis BH  é a preocupação com apresentação do prato. As cores, a textura do molho, a combinação com os champions e com as azeitonas fazem do Linguado um prato que eu particularmente achei super bonito. 


Criatividade: 10
Achei bem legal a combinação de um molho mais forte com peixe, que é uma carne mais suave. Muito bom!


Atendimento: 10
Como disse anteriormente, fui recebida pelo diretor comercial da rede, Fernando Telles. Ele e toda sua equipe foram mais que prestativos, se pudesse daria onze nesse item.


Limpeza do estabelecimento: 10
O Ritz é super organizado e limpo. Conheci a sessão de rouparia, a cozinha, a copa, vários quartos e nenhum deles deixava esse quesito a desejar.



Medalhão Chalet

Custo x Benefício: 10
Dois medalhões grandes, muito molho e arroz pra acompanhar. Custo-benefício ótimo (o prato custa R$30) 

Apresentação:10
Adoro pratos "molhados" e esse ainda tem o bônus do arroz piementose. Muito bonito.

Criatividade: 8
Garantia de sabor e cliente feliz, a combinação molho madeira e arroz piemontese não é novidade.

Atendimento e Limpeza do estabelecimento: os mesmos do item acima, já que o prato também foi degustado no Ritz.

Penne à Moda Sunny


Custo x Benefício: 10
A porção é ótima para uma pessoa, vem bastante pedaços de frango e é o prato mais barato dos quatro (R$26). Ótima pedida, ainda mais se você é fã de uma boa massa.

Apresentação: 10
O Penne é muito bonito. As cores da massa com o tomate seco, as azeitonas pretas e o molho pesto compõem um prato bem atrativo.
Criatividade: 10
O Penne seria maravilhoso só com o molho pesto. Colocar o tomate seco - que pra mim é o novo bacon, vai bem em tudo - deu um toque a mais no prato.




Atendimento: 10
Novamente, só tenho a agradecer pela receptividade. Nessa visita ao Sunny até suíte decorada com pétalas de rosas eu tive.

Limpeza do estabelecimento: 10
Assim como o Ritz, o Sunny é super limpo e organizado. Também visitei tudo - rouparia, copa, cozinha, várias suítes - e minha avaliação não poderia ser melhor.



Escalope Sunset



Custo x Benefício: 10
Três filés, bastante molho e arroz pra acompanhar. Prato super bem servido que vale demais seu preço (R$30).

Apresentação: 10
Outro prato que achei bem bonito. O jeito como ele foi montado, os "enfeites" usados e a cor e a textura do molho de mostarda fazem uma combinação muito legal.

Criatividade: 9
Filé com molho de mostarda também não é algo muito novo, nem por isso menos delicioso.

Atendimento e Limpeza do estabelecimento: vide Penne à moda Sunny